Não dormi nada nessa noite, nem eu e nem o meu marido. Às 7h estávamos no hospital novamente, e lá encontramos com Lucas que estava chegando na ambulância.
Primeiro o médico hematologista nos chamou e falou tudo sobre a doença: gravidade, riscos de hemorragia e trombose, poderia ter insuficiência respiratória....
Depois Lucas entrou para uma nova punção de medula na área da bacia, o médico precisava de mais material para saber o tipo de leucemia.
Lucas tem leucemia mielóide M3.
No dia 05.02 já ficamos internados no HFA por ter oncologista e hematologista, no caso do Luca o tratamento é feito pelo hematologista mesmo.
No dia 05.02 mesmo ele também já começou a tomar os comprimidos quimioterápicos, ATRA.
Vou explicar mais ou menos o que a doença estava fazendo no corpo dele:
As células possuem 9 estágios: nascem, depois ficam jovens, amadurecem e são liberadas na corrente sanguinea. No caso do Lucas, as células só chegam até o terceiro estagio, ou seja, elas não amadurecem continuam jovens, e não são liberadas para corrente sanguinea e as poucas que são não tem função nenhuma no sangue porque as células com função são as maduras. Foi por isso que os médicos começaram a suspeitar de doença hematológica, além do hemograma com as taxas todas alteradas ainda apareceram células jovens, o que não é normal, num hemograma deve aparecer apenas células maduras.
O ATRA amadurece estas células jovens que estão dentro da medula e libera elas no sangue de uma vez só, e elas tendem a invadir pulmões e rins. O ATRA amadurece e libera as células no sangue e a Idarrubicina (que é a quimioterapia injetável) mata todas as células, jovens e maduras, ou seja, o organismo fica sem defesa nenhuma mesmo.
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